é assim que os dias se passam na
nossa casa. alguns deles, no barulho das panelas escondo o silêncio
teu enquanto crias uma palavra nova. hoje, por exemplo, fui abrir uma
janela e lá tinhas afixado um beijo d'ob ra. não que me incomode. a
poesia tapa-me o sol dos olhos e assim posso sentir a palavra e o
camélio do quintal. não fosse a tua pegada, estaria agora a franzir
os olhos e nem veria as camélias, a tarde, a poesia viva.
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