Dizem que há um paraíso onde as terras se tornam ausentes de nós para
nos evocar o gozo da língua viva, um paraíso que te nasce nos pés
descalços pela orla do silêncio onde em pé esperas, nas conchas das
mãos-praia onde te aporto com cheiro a algas e sal das ossadas nossas
gastas de tanto riso, um jardim onde crescem livres amores-imperfeitos
como o nosso que acorda de manhã vontade de cinzel para se aparar
arestas e liquens e tristezas. Dizem que há uma floresta mágica e só nós
temos a senha, só nós sabemos da porta, só nós somos aceites pelos
elementares das águas e as pedras.
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