eu vi o céu pelos teus olhos, uma
noite. dentro de ti era escuro, e cheio de constelações e
hemisférios virgens. eras habitado por escalas próprias, notas
brancas, negras, perfumado em colcheias que te escoavam por entre os
dentes de manhã. sentava-me ao teu lado e ao fim do dia, eu, era os
poros teus. não tinha visto nada assim, tão constelado. eras
Hércules atirando à cabeça do dragão. eras Perseu à procura de
Pégaso. eras de outra galáxia, eras Andrómeda. de repente, eras o
dragão a engolir Hércules, Perseu, Andrómeda e os poros da Lua que
eu tinha ganho com o teu jeito. eras tu a engolir-te nos meus poros,
que eram teus.
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