és belo, e de tão belo entras-me pelo poro entalado. fruto que tira sede, alma minha à revelia do que sou,
cravo bem temperado, chuva que me chove pelos ombros magros, neve a
derreter pelos braços, falas-me pelos cotovelos da ria, não te
cales, não te cales que a vida é um pano gasto e a tua voz é o nardo. deixa-me estar assim, ao teu colo, esquecida das palavras
bravas, longe do abismo das pedras e as migalhas, segura, abrigada de ti, belo, e de tão belo, fogo.
Sem comentários:
Enviar um comentário