eu sei que não pertencemos a este
mundo, por isso pertencer-te me é mais próprio que pisar o chão ou
enterrar os dedos na terra para sentir que continuo viva e posso
desfolhar as flores à procura da tua resposta afoita. um dia o sol
passou por trás da lua e tu disseste: que nada me é mais perto do
que tu; e tomaste-me a mão e nela pousaste o sol e a lua, e eram os
dois tanto calor e tanto frio que só pude lançá-los ao voo e
torná-los uma gaivota que no verão acode à tua janela e vigia o
teu olhar sobre o mar, ao longe.
Sem comentários:
Enviar um comentário