redunda-me a água que tudo se resolve
em adeuses bravos, leites derramados sobre a ferida aberta, um
coração abre-se hoje e amanhã é o grito que não parte, que se
fica pela garganta seca, pelos olhos hirtos, pelo rosto incrédulo.
nunca temos tempo para aprender a derrota quando ela vem pela
traição, chega feita abutre e lá foi o nosso sonho, quem diria
aquela borboleta se tornou urubu e desgarrou as entranhas da montanha
branca, os silêncios, aquela barbárie incógnita, aquele roubo
taimado, aquela vitória sobre o nada que se julgou viva, a curta
idade dos abraços rendida ao espetáculo do ocasso mais atroz, a
cobiça, o cabelo branco e as mãos ainda com tanto para dar, e mesmo
assim não ceder ao medo de deixar a porta aberta, levantar-se
perante essa batalha última e sozinha que acontece dentro, e não
ceder nem um passo à frente da descrença.
A Chávena de Humanidade
O Cháismo é um culto baseado na adoração do que é belo entre os factos sórdidos da existência diária. (...) É uma tentativa terna de atingir algo possível nesta coisa impossível a que chamamos vida.
El teísmo es un culto basado en la adoración de lo que es bello entre los hechos sórdidos de la existencia diaria. (...) Es un intento tierno de alcanzar algo posible en esta cosa imposible a la que llamamos vida.
Kakuzo Okakura
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