saltarmos com os olhos do berço ao líquido sonoro onde as nossas costas diluem os fardos. aproximar-nos do poço calado que nos habita, nos espera. degrau a degrau pela escada da confiança cega, da verdade calada que nos olha de dentro à espera de a reconhecermos, já e para sempre. deixarmos as impressões digitais no espelho que nos acusa, onde habita um eu sei que se exprime, que nos aguenta o peito, o rumo incerto, um eu que nos alimenta às noites. sabermos sonhar, sabermos viver. sabermos tomar o pulso da verdade por trás de nós próprios e circular pelas vias ventosas da procura. bebermos a água que somos e convocar os outros, os amados, todos.
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