Não gosto de suor. Não gosto de silêncio de mãos entre os corpos, nem de
palavras rudes a convocar lembranças de pecado. Não gosto da ignorância,
da pacatez no jeito das mãos, do rumo intumescido dos corpos mortos, da rigidez do corpo que anuncia o cíclico, mecânico, inerte. Não gosto do lado humano, do leme das vísceras torpemente envolvidas no manto dos
corpos, dos cheiros, dos líquidos, das pastas. Não gosto do olhar em espiral inversa, da auto-complacência, da distância, dos nomes, dos espelhos. Mais do que tudo, não gosto da compulsão à
repetição, não sou amiga de freud e não quero ser tua mãe.
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