é brusco o jeito em que as lavas se nos tornam veias ao passo que o ar nos enche as vagas de vida. tu tomas banho de sol sostenuto. eu cá prefiro o chá de mi bemol. não modulamos as pressas nem os gestos, sabemos que tudo é mentira quando assomamos à falésia para contemplar o mundo que já não nos enche a não ser como estação. a vida sazonal sente-se em horas passadas a desfazer os milhares de passados que são crosta das vértebras, dos desejos. tudo o que nos contamos é caminho, rolar pela encosta das águas livres é meta, o riso pacientemente procurado é bandeira. existem os acidentes da procura, as quedas dentro dos nossos próprios poços. mas é porque temos água. para além disso, há os corpos, mas eles sabem de nós e não insistem em beber em rios turvos.
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