Acontece a noite a meio do dia
porque a sombra é para se mostrar ao sol:
só nele se dissolve.
Não encetamos caminhos, montanhas,
mas calados rochedos onde molhar os pés
em solitário.
O Sol canta-no as virtudes do solo:
é por ele que a água se torna pétala ou sumo de abelha.
Habitamos um nada imaginado,
uma nota esquecida numa melodia antiga
que se repete cada dia sem descanso.
É assim que nascemos ao acaso do amanhã
que repete o ontem, é assim que somos escravos
à procura de uma viagem sem regresso.
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