Delta como letra, fumo ou foz.
Encontrar-se nos meandros do ontem a caminho do hoje.
Tudo é circular e há quem se aproxime, quem tente,
quem detenha as horas para olhar e procurar.
Finto os fracos.
Não saibam nada de mim, nem precisem,
cheguem devagar por caminhos antigos.
Não é verdade que me esperem.
Não é verdade que persiga.
Sentas ao longe com ar de sol ao meio-dia.
Vais de saída mas ficas por perto das portas, dos olhares.
Abro janelas, apareces. Encontro o que não procuro.
Os teus cabelos espreitam por trás dos vidros baços.
Mas ouve: as minhas mãos não te recebem, há nelas fartura.
Vi-te no espelho, eras familiar. Mas isso não basta.
A novidade não me encoraja, nem me apoquenta:
a novidade não existe.
Aproximas-te como uma onça.
Mas eu cá sou terra, calada, pedra:
não podes engolir-me, ainda menos sobreviver-me.
Por isso:
Cala os olhos claros, faz o caminho.
Não há um meandro onde nos convivam os braços.
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