ritmo. bocas sem febre ou hálito. na pulsão do já não é mais o que foi. cresce a cada ramo a árvore dos adeuses interiores, as despedidas dos vestidos velhos que não mais servem ao presente, a nudez despretenciosa que nos acaricia os braços, os ombros. ausentes dos espelhos, a queda ao interior para procurar a génese, a explosão do que esquecemos, o que nos habita caladamente o fole, o pulso dos olhos, a procura. como não te inclino assim tu não me arrumas palavras confusas. nada é mais verdade que o silêncio dos passos e as mãos. é preciso mexer-se pelas horas, pelos espaços mudos onde somos, a distância que nos faz guardar palavras grandes porque os silêncios falam numa língua de pássaros migradores e nós, entretanto, não existimos além da maré e o vento.
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