desrespeita as concordâncias de todo o género e em grande número, fica-se pelos ramos dos nomes, brama quando era para calar. enquanto os outros caminham com os pés no chão, trepa o tronco do antigamente sem pés nem mãos, numa viagem de lagarta que só procura pendurar-se de um pinheiro e adormecer. baloiça as pernas enquanto espera sentado no jardim para ver o acontecer das coisas grandes, como os papéis remoinhados num canto da rua. veste-se sem jeito e sai a correr para ver o poente, mas chega tarde por ter ficado a olhar para um bicho in-significante escondido na pedra onde tropeçou. por isso, a passagem do sol é-lhe um evento raro, por isso sonha e passa o tempo a falar dele. para além disso, sabe que o tempo é curvo e os jardins líquidos. obviamente, confunde as beiras com a praia e os cantos dos passeios onde vivem palavras húmus. obviamente, não presta para o agora, o poeta.
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