veias como rios pelas mãos enquanto fazemos parte da dança universal, arrastando os troncos das trovoadas velhas rio abaixo em direção à queda da disolução última. olhos nos olhos do ontem, somos eco da palavra pronunciada antes do início. cordas da mesma orquestra maquinal seguindo o ritmo do maestro do invisível. deixamo-nos encantar com o prestidigitador que pelos bicos dos sonhos nos dirige à casa do céu enquanto nos demoramos nas convulsões da síndrome de estocolmo. trabalhamos desde o amanhã e sentados à mesa do passado lutamos contra o nosso livre arbítrio, a nossa vida, o nosso futuro livre de correntes, os nossos tornozelos soltos e dispostos para a fresca correnteza da verdade e o silêncio. vagamos pelos caminhos do regresso, perdemo-nos em florestas conhecidas. devíamos ser penugem, somos blocos.
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