Sabes, poeta, pelo que das palavras mana, que houve desencontros tão naturais quanto os que há entre as rochas e as marés.
O tempo não existe e ainda assim é mágico, porque tudo ajuda a apreender.
As distâncias interiores nem sempre ultrapassam as das vontades. São profundas, moram em frequências paralelas. Raramente, tocam-se. Raramente sobrevivem.
Vivemos arrastados pelo ontem, perseguidos por passados que tudo tornam ora nuvem, ora pedra.
Precisávamos de um presente e tantas vezes fazemos a vida do outrora.
O lençóis eram lilás, flores, recém comprados para receber o amor. As intenções também.
Por isso, pela honra de ter atravessado o jardim dos deuses da palavra, sobrevivamos nos resgates bravos da vida, sobreviva a criação, o branco futuro das noites livres, a convicção sagrada da palavra que flui nas veias.
Sobreviva a visão limpa e a leveza, o sorriso ao olhar para trás e compreender os nossos erros, as nossas fraquezas, as da maré que sobe e desce, as da rocha que ainda não é praia.
Sobreviva o olhar limpo, sobreviva a poesia.
O tempo não existe e ainda assim é mágico, porque tudo ajuda a apreender.
As distâncias interiores nem sempre ultrapassam as das vontades. São profundas, moram em frequências paralelas. Raramente, tocam-se. Raramente sobrevivem.
Vivemos arrastados pelo ontem, perseguidos por passados que tudo tornam ora nuvem, ora pedra.
Precisávamos de um presente e tantas vezes fazemos a vida do outrora.
O lençóis eram lilás, flores, recém comprados para receber o amor. As intenções também.
Por isso, pela honra de ter atravessado o jardim dos deuses da palavra, sobrevivamos nos resgates bravos da vida, sobreviva a criação, o branco futuro das noites livres, a convicção sagrada da palavra que flui nas veias.
Sobreviva a visão limpa e a leveza, o sorriso ao olhar para trás e compreender os nossos erros, as nossas fraquezas, as da maré que sobe e desce, as da rocha que ainda não é praia.
Sobreviva o olhar limpo, sobreviva a poesia.
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