datas são memórias: entre as sete saias da noiva se esconde um pássaro vibrante e leve que desenha anseios e receptáculos. entre as mãos da noiva paira uma névoa, um canto longínquo, qualquer coisa entre criança e colo, avança e embala-se nos braços uma estória repetida milhões de vezes, e ela acredita, porque as horas passam e é preciso a sopa quente e o ninho, porque falam as avós e amanhece como antigamente, porque é outubro e a lua entra com chuva e os homens falam forte e convocam lareiras e aconchego.
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