tudo à frente da glândula pineal, tudo atrás dos olhos, no ponto exato onde os corações ultrapassam a velocidade do som e da luz e compreendem que o espaço é a grande mentira, que tudo é uma agulha do além que se espeta no momento certo e cria o que pensamos ser um instante, a ilusão que atravessa os peitos para poder sonhar os tactos que nos fazem sentir vivos quando na verdade nos aproximam da morte das células no outro; tudo a viajar entre dois mundos, os céus que se perdem por entre as grades que nos separam dos esgotos para renascer à frente da ria, de um canal onde nada flutua porque tudo é alheio aos corpos que habitamos, tudo é sem pertos nem longes porque não existe a distância ou o apego além do sonho ou pesadelo que escolhemos habitar a cada instante.
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