pelas asas da escuridão
sobre a pedra desabrocha o cúmulo
da paciência - a arte de
voar
por sobre as coisas
grandes, tão grandes que impossíveis e fruto
seco
do delírio ativo que encorpamos
louca-a-louca como a memória a visão que
enxerga o pequeno a meio da noite, os buracos
por onde o corpo se enfia na alma espezinhando
medos gastos pela memória, na hora certa
em que se metem as fés pelas mãos essas
crateras
de solidão onde os corpos ensaiam
uma
e outra
vez
como a cegueira
como a unha que se encrava
na carne quando há miséria a tintar os ossos
da indecisão
e a noite nos cresce
dentro e nos habita
como
um cacto
no
sertão
Sem comentários:
Enviar um comentário