abrandar.
perto é pelos olhos calados,
não pelas mãos ou pela língua.
é a linguagem
amuada
dos saberes longínquos,
dos cachimbos fumados no horizonte.
é a hora da água ida pelos anos,
meu amor,
a hora do vazio entre os segundos que defrontam
passados
onde não fomos o que éramos.
toca a andar pela berma,
o meio da estrada canta música arriscada,
pneus, travagens.
durmamos os corpos escondidos
as cabeças ao léu,
meu amor.
só por esta vez.
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