sacar o ritmo das mãos
há redondezas que nos pertencem como água ao sangue
não nos enganemos
quantas vezes viajamos pelas proximidades do sonho
sem abeirar ao porto das mãos próximas
não há como fugir ao escondido
não há como sobrevoar as evidências
corta-me as esquinas
quero fugir, o cerco é fraco mas constante
não queria deixar de me sentar à sombra do meu canto
mas o tempo é incerto e nada cresce pelo olhar
a não ser os medos e as fugidas
quero esse olhar longe, sei aonde leva esse caminho
sou falhada neste jogo e fujo, fujo, fujo
em direção ao horizonte
em direção à última esquina
onde guardar a caixa dos segredos
a lembrança dos presentes escondidos
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