vestes-te de cores que não há
julgo-te entre as roupas mas nadas ainda
além da fronteira que nos aproxima
nada sabes do baú onde as cores desabrocham em palavras
as minhas mãos espreitam o tacto da beleza
procuro entre os bastidores de um tempo com volume
pétalas que semeiam palavras
por vezes corto o ar porque é isso que trouxe para este mundo
o que hei de fazer se me habita um samurai
oiço a voz que convoca uma data
o teu riso distraído não deu pela iminência do encontro
sei que não tens intenções
por isso calo e espero sem projetos
um dia vamos conversar e tudo se tornará um oceano fraco
no fundo, a água é condutora
e nós somos criadores de fragrâncias
há um perfume que espera pelo tempo das palavras
há um poema que calado espera pelo tempo dos gerânios
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